quarta-feira, 21 de abril de 2010

À noite...















...olho as estrelas...
Hoje a noite parece ter-me abraçado.
Prende-me na sua teia de nostalgia,
sem dó nem piedade,
trazendo-me à memória
lembranças de outras noites,
tão deferentes desta.
A música de fundo
traz-me teu nome
na magia desta primavera outonal.

Sinto os teus braços ao meu redor,
o teu beijo terno
e quase acredito que ainda estou contigo…
À noite perco-me de mim e vou na tua direcção,
sem nunca te encontrar,
e depois regresso envolta em lágrimas
que não merecia chorar.

O tempo parece querer-me libertar
de um sonho em que deixei de acreditar.
Talvez para poder voltar a sonhar,
ter outros sonhos,
novos caminhos,
diferentes encruzilhadas,
novas escolhas,
novos rumos,
uma nova estrada.

Mas a noite, sempre traiçoeira,
não me deixa esquecer
que a cama, em que hoje durmo,
já foi nossa.

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