quarta-feira, 30 de maio de 2007

Hoje para ti "transparente"....


Baixaste a guarda por um instante
E deixas-te que te vissem
O perto deixou de ser distante
Sem que para tal insistissem

Despiram-te hoje és transparente
O espelho reconheceu-te
Alguém em quem te revias
Hoje tornas-te para ele mais evidente

Usas-te e abusas-te de quem em tua vida entrou
Hoje tu reconheces que isso em nada te ajudou
Bebeste do que te deram
Sem nunca retribuir
E hoje limitas-te a existir

Foste quem tu não eras para te protegeres
Hoje és quem não queres continuas a te esconderes.

Hoje a minha transparência foi contra minha vontade
Mas sinto-me renascida e sem nenhuma saudade
Sem perder nada ganhei, mais do que podia imaginar
Partilhando um pouco de mim acabei por me libertar

(Maio2007)

Katie Melua - The Closest Thing to Crazy

How can I think I'm standing strong,
Yet feel the air beneath my feet?
How can happiness feel so wrong?
How can misery feel so sweet?
How can you let me watch you sleep,
Then break my dreams the way you do?
How can I have got in so deep?
Why did I fall in love with you?

This is the closest thing to crazy I have ever been
Feeling twenty-two, acting seventeen,
This is the nearest thing to crazy I have ever known,
I was never crazy on my own...
And now I know that there's a link between the two,
Being close to craziness and being close to you.

How can you make me fall apart
Then break my fall with loving lies?
It's so easy to break a heart;
It's so easy to close your eyes.
How can you treat me like a child
Yet like a child I yearn from you?
How can anyone feel so wild?
How can anyone feel so blue?

terça-feira, 29 de maio de 2007

Os meus passos vacilantes



Os meus passos vacilantes
Que fraquejam rumo ao futuro
Presos por um medo mudo
Mas tão profundo, enraizado

Larga essa mala que carregas
Essa bagagem de outras vidas
Essas marcas ásperas e profundas
Que teimosamente não largas

Deixa para trás o que passou
Alguém pisou e a marca ficou lá
Lambe agora as tuas feridas
Que um dia irão cicatrizar

Segue hoje confiante
Numa desejo renovado
Esquece, Renasce, acorda
Deixa o passado ancorado
Não te esqueças que existiu
E guarda o que te tenha ensinado

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Mais um dia.... só mais um


Mais um dia
Só mais um
Um só apenas…
Para que mate a saudade e o medo
Para esquecer o que guardo em segredo

Mais um dia
Em que o tudo e o nada me confunde
Em que passo pelo mundo sem o ver
Um dia para recordar
Um dia para esquecer

Mais um e outro dia
Em que vejo a vida passar
Não luto nem ambiciono lutar
Não ganho nem perco
Apenas me deixo ficar

Mais um dia
Em que sou quem não sou
Em que ensandeço
Em que não me dou
Porque não te esqueço!?
Janeiro 2007

domingo, 20 de maio de 2007

De frente para aquela janela....


De frente para aquela janela
Onde a esperança se dissolve na espera
Por onde atiro os meus sonhos
Por onde fogem as quimeras

E essa luz que queima, que cega
Que nos tolhe o sentir desesperado
Essa dor muda que renega
O presente, o futuro e o passado.

De frente para aquela janela
Onde o sentir já tem alma
Onde vejo a vida passar
Onde me espera a calma

Que um dia esta já não seja eu
A que se resigna em ver viver
A que nunca ama
A que não soube esquecer
E que amanhã não permaneça
A ver a vida passar
de frente para aquela janela….

(Julho 1999)

Haverá dor maior....?


Um mergulhar subtil, sereno
Uma partilha inevitável de viver
Um espelho onde me vejo reflectir
Como se me visse a mim noutro ser

É quase o eu que escondo sem querer
É mais que tudo menos que nada
Talvez o medo de viver
Me leva a ser tão “calada”

Nunca se ganha nada sem perder
Arriscar pode levar à euforia.
Tanto perdi já por não querer ver
Até onde o amanhã me levaria

Haverá maior sofrimento do que a dor
Haverá maior desgosto do que tenho
Haverá coisa mais triste e sem tamanho
Do que viver a vida inteira sem amor

E as perguntas que nunca faço
E tudo aquilo que nunca digo
Se falo demais eu me desgraço
O que não disser fica comigo

Um risco, esta aventura de viver
Será maior a dor de perder
Ou a dor de nunca saber
o que poderia vir a ser?!?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Aquela caixa azul....




Aquela caixa azul
onde guardo velhas memórias
de um tempo que nunca foi meu
cartas, papéis, a minha história

Aquela caixa azul
Tão cheia de nada
Que foi por tempo demais
minha única morada

Aquela caixa azul
Que abro hoje a medo
Que esconde um amor
Que vivi em segredo

Aquela caixa azul
Que me impediu de viver
Que me prende
E não me deixa esquecer

Aquela caixa azul
Que terei que enterrar
Quando um dia quem sabe
Deixar de te amar

Aquela caixa……
que me prende ao passado,
de um simbolismo visceral
constantemente revisitado

Com ela não sou ninguém
Sem ela eu não sou nada
Vou enterrar essa caixa
Numa qualquer enseada

Vou deixar morrer essa dor
Eu vou mudar de morada
Sair daquela caixa azul
Onde vivo ancorada.

(sem data.... não me lembro quando)
(porque nem sempre a morte nos liberta....)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Sabe tão bem....




Era um sorriso atrevido
Um olhar enigmático, fascinante
Um mistério cativo
Um ser perturbante

Era uma noite silenciosa
Um momento apaixonante
Os corpos suados
Os beijos escaldantes

Era um momento
Um usurpar os sentidos
Um corpo que se deseja
Sentimentos já esquecidos

Bebi de ti o meu desejo
Bebeste tu o teu também
Num nada que não faz mal
Um momento que nos faz bem

Não temas que te queira mais que hoje
Não temas que de mim não esperes nada
O meu coração é um vazio, uma pedra
Ele vive preso numa outra madrugada

Adeus! Esquece-me!



Será apenas mais uma despedida
ou finalmente o derradeiro adeus?
Sempre soube que ai estavas,
sempre te disse que não voltava

Se alguma vez te menti,
se dissimulei a realidade
foi para te proteger,
eu nunca quis ver-te sofrer

Se este for o último adeus,
que seja doce a despedida,
que um olhar cale as palavras,
que um abraço abafe o pranto.

Eu nunca disse que te amava.
Nunca prometi vir a amar.
De cada vez que voltavas
nunca te pedi para ficares

Adeus…uma última vez.
Não sonhes com o que não podes ter.
Não ames quem não merece,
eu nunca fiz por merecer

Não partas com mágoa ou dor,
Nunca soube retribuir o teu amor.
Esquece quem só te faz sofrer,
eu não mereço ser a tua razão de viver

Dezembro 2006

(este foi o mais doloroso adeus.... como dizer a quem nos ama que não podemos retribuir?)

QUERO!



Quero o mais subliminar dos desejos
O mais louco, o mais estouvado
Quero o silêncio das noites que ficam
Quero a delícia dos corpos cansados

Quero a insígnia da paixão na minha pele
Quero o suor do frenesi do meu corpo
Quero a fuga solitária da razão
Quero o devaneio de um amor louco
Quero o cansaço que me leve à exaustão

Quero no delírio alcançar a demência
Quero um lugar onde nunca estive
Quero um tempo que nunca foi.
Março2007


Desejei enaltecer um momento que partilhamos… um dia quem sabe, uma única vez. Desejei o teu corpo num olhar, os teus lábios, até mesmo antes de pronunciares a primeira palavra. Aproximamo-nos no silêncio, a irresistível magia que nos atraiu, juntou de forma enigmática e irresistível, os meus lábios aos teus. Beijamo-nos, num segundo as nossas mãos percorreram os nossos corpos que quase se confundiram. Apertaste-me contra ti no teu abraço, pude sentir o bater apreçado do teu coração, que parecia acertar o passo pelo meu também ele descontrolado. Afagaste-me os cabelos, olhaste-me nos olhos e sem dizeres palavra senti todo o teu desejo. Naquele instante tive a súbita certeza de que não poderíamos ficar apenas por um beijo, quando o desejo nos despertava todos os sentidos e os nossos corpos pareciam não querer jamais separar-se.

Apetecia-me tanto redescobrir o teu corpo, poder tactear a tua pele, sentir-te na ponta dos dedos… Apetecia-me tanto sentir o teu peito no meu, as tuas mãos nos meus ombros nus. Sem nada te pedir, leste-me o pensamento e mergulhamos na mais louca das paixões. O teu beijo ia do carinhoso ao apaixonado, o teu olhar era de desejo, o teu toque era suave outras vezes quase violento.

Incendiaste o meu corpo com as tuas mãos. Afagavas-me os seios, beijando-os com uma ânsia quase infantil, mas tão desperta e adulta ao mesmo tempo. Pousaste o teu corpo no meu com toda a suavidade, roçaste ao de leve, no meu, o teu peito, beijaste-me docemente na boca. Deslizaste a tua língua húmida pelo meu pescoço até aos meus peitos que se insuflavam de desejo.

Abraçaste-me pela cintura com uma firmeza quase imperceptível, segredaste-me ao ouvido o mais íntimo desejo, o mais secreto delírio de paixão. Apeteceu-me ser escrava da tua vontade, das tuas fantasias, mergulhar no teu corpo até perder o pé, até me faltarem os sentidos. Galopar no teu colo "soltando urros, gritos de euforia", sentir a respiração sufocante do desejo e desaguar no teu corpo como um rio. Abalar a terra com a nossa paixão, perder o rumo por um instante e fazer do teu corpo a minha morada naquele momento.

Senti-te a invadires-me o corpo, explodi numa emoção louca de mil cores, celeste e prata. Desejei eternizar aquele momento, senti-me flutuar no vazio numa imensidão de delírios inebriantes. Embriagada de ti, numa dança mágica em que os nossos corpos se entrelaçam numa tentativa de fusão impossível, mas que naquele momento parecia tão real. Dissemos as coisas mais loucas, e mais sérias, as mais banais e as mais eloquentes. No êxtase do momento senti o âmago de te ter.

Tomaste-me por caminhada, o meu corpo era teu trilho e os meus braços suas bermas… Foi a união perfeita o momento de secretismo sagrado, tão nosso, tão incendiário e carinhoso. O consumar da paixão, o saciar de todo o desejo. Sentir-te em mim, num ondular mágico e subliminar, numa escalada de desejo que culmina quando juntos atingimos o êxtase. Sinto-me sair de mim, flutuar para além do próprio espaço, numa dimensão só nossa. Abraças-me, como se me tentasses prender à própria vida, como se desse abraço dependesse a nossa existência. Mesmo antes de podermos recuperar o folgo beijas-me. E mais uma vez aquela velha certeza de que nunca nada seria como antes, o meu corpo estava ali mas o meu coração andará sempre distante.
Janeiro2005

sábado, 12 de maio de 2007

Um brinde à amizade



Finge….
Deturpa a realidade e vive….
Sonha com o que não tens e concretiza
Não te chega falar tens que agir
Não basta querer tens que conquistar

Não queiras que a vida se exponha
Não esperes que a casa se erga
Sem que tenhas que usar os tijolos
Não queiras o telhado
sem que existam as paredes.

Tudo o que plantares vais colher
E se quiseres ajuda pedes
E se precisares de mim estou lá
(Muito se poderá perder mas a minha amizade essa já é tua!)

Eu nunca te amei!



Tu não sabes da vida que existe na minha cabeça
Mal sabes tu que esta vida é paralela
Que existe em função do que tu não vês

Tu não sabes, tu pensas que me conheces
Que me adivinhas o sentir
Já te disse, não te amo!
Tudo o que quero é partir

Perdoa-me um dia então se puderes
Por ter gostado de ti como gostei
Tu confundiste amor
Com o tão pouco que te dei
Janeiro2005

Quem sou Eu?



Era a impossibilidade de um impossível que adoro.
Uma história com um final ainda por escrever.
Um livro cheio de páginas em branco
Uma história que ninguém leria, que ninguém quer ler
Uma lágrima que desliza pela face de alguém que ama
Uma lágrima que nunca se esquece
Uma dor que ninguém suporta
Uma mágoa que nos emudece

Neste silêncio que ninguém cala
Nas palavras que não se ousam dizer
As memórias que ninguém esquece, nem quer esquecer
O perdão que não chega quando nada há a perdoar
O amor que não morre porque não se deixa matar
O amor de quem ama porque não se deixa de amar

A piedade, a misericórdia a clemência
A vida de mera existência
Sobreviver à dor depois do amor
Sobreviver ao amor depois da mágoa
Resistir, lutar, viver, amar

Nesta história de silêncio
Neste sobreviver atulhado
Como dizer o silêncio da cor?
Como descrever o pecado?

Nesta minha existência forçada
Como ler o que não se escreve?
Como calar a palavra?

Como derrotar os medos
Os fantasmas de um outro passado
De uma gente ausente que não se esqueceu
De uma dor presente que o passado nos ofereceu

Como dizer o que se cala?
Como? Se quem me magoa sou eu.
O que evitar? Do que fugir?
Quando nada do que tenho é meu.

(Algures em 2000)

Aquela Porta....




Haverá algum dia alguém como tu na minha vida?
Voltarei a amar assim, sem limite ou regra?
Será que há apenas um amor na vida
e que eu ousei viver o meu cedo demais?

Sabes há dias em que desejo que a tua partida,
Que a tua morte me liberte.
Que a porta que deixei aberta para ti se feche,
que a minha esperança se desvaneça, que termine.
Outros dias há em que esperança engrandece e a porta se escancara.

É uma ilusão o esquecimento e uma tormenta a tua partida,
tão definitiva e derradeira.
É morte que te espera, que chegou numa emboscada
Sem nunca ter sido convidada.

Que esta porta se feche para dar lugar ao futuro que me espera
Que a morte me liberte quando a vida nunca o fez
Que seja esta a primeira e a última vez
Em que esta porta se escancara para te ver.
(Janeiro2000)

Por hoje apenas....



Quero o meu silêncio,
o meu tempo,
o meu espaço
Mas por hoje quero que finjas que me amas,
mesmo que mintas
Que me dês o mundo quando me abraças
Mesmo que o leves p’la manhã

Quero o calor fugaz do teu corpo
O beijo vazio que me silencia
Por hoje, é tudo o que me apetecia
Um presente sem amanhã
Sem regras, espaço ou dia

Deixa-me roubar-te apenas este instante
Deixa-me idealizá-lo como se fosse só para mim
Amanhã nada te peço do que nunca existiu
Deixa-me ter hoje o que amanhã tem fim
Janeiro2004
(A vida é feita de momentos, o presente tem a magia do instante, o passado a sabedoria e o futuro o inesperado)

Ao desconhecido....



Eu acredito que já não creio em nada
Que hoje a minha vida está vazia
Destituída de tudo o que me pertencia
Do sonho que um dia foi meu

Sobre os escombros dos meus sonhos
Apenas me restam as lágrimas
E hoje nem sei o que me fez desacreditar
Que um dia podia ser diferente

Eu que creio no mundo, hoje não creio em nada
Porque me perdi em algum lugar
Porque não me encontro onde deveria estar

Eu que sonhei acordada hoje nem sei sonhar
Eu que amei demais hoje não sei amar
Eu que tanto desejei desejar
Hoje desisti de te inventar
Mas ainda pergunto: onde estás?...
Onde será que te posso procurar?


14Fevereiro2006

O que guarda o meu silêncio



O que guarda o meu silêncio
Nem eu sei
No que penso quando apenas
O vazio me ocupa

Quando sonho alcançar o impossível
Para ter a certeza de nunca lá chegar
Porque ao desejar o inatingível
Eu sei que nunca irei concretizar

Quando começo o que nunca acabo
Vivo assim sem nunca terminar
Tudo o que foi começado

Se eu pudesse dizer tudo
O que nunca direi
Talvez entendessem
O que de mim nem eu sei
Maio2007

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O Livro Onde Moras....



Moras num livro de sonhos
Onde tanto ficou por escrever
Preenches o vazio do livro onde moras
Palavras escritas com as lágrimas que chorei
Frases ditas e outras que nunca direi
Esse livro de sonhos
Onde guardo as mais belas memórias
Nesse livro de quimera onde moras
vacilando entre o sonho e a realidade
Numa fantasia que criei para me iludir,
Escrita ao sabor da saudade
Um universo que idealizei
Um mundo mágico onde te guardo

Moras num livro de sonhos
Escrito ao sabor do desejo
Numa paixão que inflama
Que não me deixa esquecer
que nem tudo é como vejo

Moras num livro …
De cor, luz e devaneio
Entre sonhos que sonhei
E um futuro p’lo qual anseio

Sem título, sem final
Um sonho redescoberto
Um destino fatal
Um amor inquieto

Um livro que ninguém lê
Um autor que ninguém conhece
Uma história igual a tantas
Meu amor,moras num livro de sonhos
cheio de páginas brancas
05Junho2006

quarta-feira, 9 de maio de 2007

No dia em que amar...



No dia em que amar saberei
Que serás apenas e só lembrança
Se um dia amar saberei
Não deixar morrer a esperança

No dia em que amar saberei
Que já não te espero
Que morreste definitivamente para mim
Que não mais anseio o teu regresso
Que és apenas o passado e parte de mim
Se um dia amar saberei
Que nesse dia me liberto
Desta esperança sem fim

No dia que amar saberei
Dar todo o meu coração
Se um dia eu amar saberei
Que és apenas recordação

No dia em que amar saberei
Dar o mundo a quem o quiser
Dar novo sentido à vida
Se um dia amar saberei
Fazer de alguém parte de mim
No dia em que amar saberei
Jamais me lembrar de ti
Junho2003

Deixa Cair...


Deixa cair a máscara que te esconde
Nela és quem nunca foste
Deixa cair…
Essa mentira que te encobre
Não faças dela o teu rosto
Que um dia alguém descobre

Deixa cair a máscara que mente
Esse engano que te tolda o sentir
Essa pérfida fachada
Deixa cair …

Deixa cair a máscara da demência
Que ela já não te esconde é transparente
Haja fé, haja paciência
Para te ver cair a ti
Nessa tua inconsequência

Deixa cair a máscara da loucura
Dessa tua insensatez revisitada
Ninguém assim sabe quem tu és
Que tu com ela não és nada!

12Setembro2006

Queria tanto poder entrar...



Queria tanto poder entrar,…
Escapar-me pelo teu peito para te poder entender.
Queria tanto conhecer o teu refugio e não apenas ir até lá
Queria ver para além da imagem,
Para além do horizonte onde te perdes

Queria tanto poder entrar…
E não ter que esperar à tua porta
Queria tanto desvendar o teu pensamento
Deslindar os teus sonhos e desejos mais secretos
Poder tocar-te para além de um simples toque

Queria tanto entrar no teu mundo secreto
Desvendar todos os mistérios do teu ser
Poder adivinhar-te o pensamento com um olhar
Queria tanto poder entrar nesse sítio onde te escondes
Nesse refugio onde só tu estás
Que apenas tu conheces
Queria tanto poder entrar…
Levar para longe esses teus medos
Essa angustia de outras dores
E assim finalmente poder entrar
Aninhar-me a teu lado e ficar
Mais perto de ti e poder ver
Tudo o que tentas esconder
09Maio2007

Um sentir assim...


Não se controla o inesperado
Porque vem sem avisar
É algo que não se espera
Não dá tempo para pensar
Nada se pode fazer
Quando nada se estava a aguardar
É tão fortuito e repentino
Que não se consegue evitar

Assim é isto que sinto
Embora não o possa explicar
É algo forte e inesperado
Mas que veio para ficar
Porque hoje depois de pensado
Já não te posso deixar.
E fica então a certeza do que quero
Daquilo que sempre quis
Amar quem me ama
fazer-te muito feliz

Nesta certeza renovada
Poder provar-te a cada dia
Que não são só palavras
Tudo o que hoje te dizia

07Dezembro1995