quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um sorriso TEU!


Um sorriso aberto,
livre e quase infantil.
Um olhar carregado de ternura
num rosto, velho e já cansado,
de tanto que já sofreu.

O disfarce, a fuga,
que nesse sorriso,
tentas esconder.

Um sorriso teu,
dava tudo, dava a vida,
por um sorriso teu!
Sincero, genuíno,
igual a tantos outros,
que o teu rosto já me ofereceu.
Mas não há sorriso que esconda
a tristeza que sobre ti se abateu.
Se ainda poderes,
se ainda fores capaz,
Sorri , Amor… para alguém que
Nunca te esqueceu!

Silencioso Pecado


Silencioso pecado guardado
no secreto olhar de hoje,
quando ontem já foi beijo
aceso, de paixão nunca acabada

Olhar-te sem te tocar,
sabendo que jamais te poderei
tocar sem te ter…

No pecado deste silêncio doloroso,
nesta ânsia que hesita
entre o medo e a saudade.
Neste fogo que nunca se extingue,
que eu não sei como apagar.
Nesta distância que não te deixa ficar.

Nesta vida ausente…
Neste eterno recordar,
guardo, hoje ainda de ti,
Uma memória que teima em perdurar…

Não sei não odiar


Não sei, não odiar, este instante!
Eu sempre soube que a vida é curta,
efémera demais.
Não se pode passar por ela e não viver,
não se lutar pelo o que se quer,
não se ser, às vezes, egoísta.

Não sei, não odiar, neste instante…
Todos os que me impedem de ser feliz
Não sei não me odiar a mim por não lutar
e a ti por teres partido.

O destino além de cruel, é pérfido,
quando nos deixa saborear o impossível,
quando permite que certa coisa exista.
Não sei não odiar esta minha vida!

Não sei....


Não sei!
Não consigo resistir à tentação
de procurar por ti em outro alguém,
isto mesmo sabendo,
que não vou encontrar ninguém.

Hoje já nem sei se é a ti que procuro,
se procuro quem eu era,
quando estava a teu lado.
É a mim que eu não encontro!
E tanto, já, eu procurei,
Que hoje estou cansada,
de nunca encontrar nada!

Não consigo resistir a procurar por ti.
Eu sei, não te vou encontrar
E sei que nunca serei aquela que conheceste
Esta, que hoje existe, já não sou eu
E nunca vou recuperar o “nós”,
que já não existe,
que morreu!