domingo, 24 de maio de 2009

Se algum dia te disser... tudo o que disser...


Tudo o que disser é porque o sinto.
Não importa o que penses, o que digas
Que o silêncio seja a única resposta
Não tenho medo do sentir exacerbado
Medo, tenho eu de não sentir nada.

Quero viver ao sabor do meu coração
Embalada pela magia de mais um momento
Eternizado numa foto mental…
Quero iludir-me, embriagar-me de ti até à alma
Se o sinto direi
Nada ganho em guardá-lo
Importa apenas que hoje é verdade!
Seja dizer: amo-te
ou sinto saudade!
Se algum dia o disser…,
tudo o que disser,
será VERDADE!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Se estás em mim


Se te colares na minha pele
e não ficares apenas por aí
Se entrares no meu peito
Se quiseres ficar num lugar
que guardo vazio há tempo demais
Se fores hoje um amanhã desejado
Se te disser que quase acredito
no que hoje sinto.

Se te quiser fugir apenas por medo
Se quiser ficar e não for capaz
Racionalizei as palavras
Porque os gestos as calam
neste meu tempo de paz

Se quiseres que eu fique, seguras-me?
Se te pedir, libertas-me…?
E se fores tu?...
O que há tempo demais procuro


Se estás em mim, como estás...
Se não poder calar…
Que hei-de fazer, se não edificar,
o que o meu anseio mais desejar?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Podia voar pelo azul do céu


Podia voar pelo azul do céu
pousar no parapeito da tua janela
e cantar-te a mais bela melodia ....
Encantar-te com a minha plumagem....
e pedir-te para entrar,
e quem sabe ir ficando
presa de encantamento em teu olhar
enfeitiçada pelos teus beijos.
Afagar o teu corpo
num desejo insano…
E fazer de cada dia o primeiro e o último!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

É o teu olhar...


É o teu olhar que me despe
Sinto-te entrar em mim
Desvendares-me num olhar
e fico com a sensação
que me conheces
tanto quanto eu.
É no teu olhar que me perco
É com o teu beijo que me encontro
É no teu corpo que me afogo
É contigo que não sei dizer…

Irreal…
Quase parece uma outra vida
Quase não pareço eu
Quase sonho, tão concreto
Depois vem o medo
Vontade de recuar
de avançar, parar…
antes que seja tarde.

Depois apetece arriscar
Ver onde posso ou não chegar
É cedo de mais para certezas
Tarde demais para duvidar

sexta-feira, 8 de maio de 2009

É como brincar com o fogo


É como brincar com o fogo
Que arde lentamente,
consumindo o restolho
numa tarde de verão.

Desculpa se parti sem dizer nada
Aquela que aí esteve não era eu.
Se era, não me reconheço
Soube-me pela vida o teu beijo
Soube-me por uma eternidade
o teu toque, o teu desejo.
Faz tempo que ninguém me desejava assim

Mas não quero brincar com o fogo que queima
Que arde e inflama o mais resistente dos seres
Não queiras saber o que estou a sentir
Não queiras saber quem sou, não queiras me conhecer
Não perguntes para que não me obrigues a mentir.

Deixa tudo ficar como está….
É bom demais assim
Não quero mudar nada
Se ficar arrisco querer voltar
uma e outra vez
Deixa-me sair no momento certo
E voltar para saciar a minha sede
Neste desejo que nos consome
Neste nosso deserto

O doce amargo desta noite


No doce negro desta noite
O manto triste que me cobre
Na ânsia de mais uma madrugada
Que te leve ou que te traga
As estrelas conhecem o nosso segredo
Sabem de cor cada pecado
Cada beijo que te roubei,
cada abraço.
Só elas sabem o quanto te amei

Vem … volta por aquela estrada
Vem dizer-me o que anseio ouvir
vem de madrugada,
e traz-me a esperança que roubaste,
devolve-me a parte de mim que levaste.

Só a noite sabe o que sofro
De dia finjo apenas existir
É apenas um dia atrás do outro
Sem ti…