segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Nosso Momento!















Quero o teu abraço apertado
O teu beijo húmido, molhado
Quero a tua pele na minha
de suor o teu corpo adornado

Quero a exaltação do teu regaço
Os suspiros, os urros, a euforia
Quero o prazer, o cansaço
Quero a verdade da mentira.

Quero as tuas mãos nos meus seios
A tua boca no meu corpo
Quero o rosa e o cinzento
Quero a paz e a guerra
Quero a brisa e o vento
Quero o nosso momento!

Perdoas-me?




















Quis a vida, que os nossos caminhos
um dia se cruzassem,
que as nossas pernas se confundissem
e os cheiros se misturassem,
até já não sabermos qual de nós éramos.

O mágico instante que gravou
a tua silhueta em minha cama,
em lençóis brancos, de linho.
Ainda sinto os teus lábios nos meus,
as tuas mãos nos meus ombros nus.
Ainda me envolve o teu aroma.

Porque quis a vida que assim fosse,
que eu não soubesse mais de mim
sem saber de ti primeiro,
que não soubéssemos mais um do outro
o que desvendámos um dia.

Fiquei presa no teu abraço,
suspensa na extremidade do teu olhar,
onde me perdi,
onde me afoguei,
nesse mar azul dos teus olhos
Se por engano,
ou por vontade, te encontrar,
e te prender a mim por um instante,
e por tanto desejar não mais te ver partir,
te pedir para ficares,
perdoas-me?

Aqui e agora!



















Foi cais onde vieste ancorar
Vazio que se perpétua
até te encontrar…
Foi morte, foi ventre
começo e fim
de todas as coisas

Foi marinheiro e maré
terra e mar…
precipício,
abismo,
queda.
Foi voo em céu aberto
quando tinha o infinito por casa
e uma vida inteira para voar

É cais de pedra firme,
abrigo que te espera
O fim e o começo de todas as coisas,
Eu e Tu!
Pode tudo ser,
pode tudo acontecer,
aqui e agora!

domingo, 16 de maio de 2010

... Suspensa...



Embalo os meus sonhos
deixo-os repousar na ânsia doce
de chegar a lugar nenhum
e simplesmente regressar
ao lugar onde pertenço…,
do teu lado.

Adormeço os sonhos
enquanto te espero,
uma espera eterna
que tarda na demora
do teu regresso.

Sustenho a respiração,
suspendo a vida,
apesar de viver.
Encontro-te
quando acabo de te perder
e perco-me de mim
para te encontrar…
Vivo suspensa
na extremidade
do teu olhar!

sábado, 15 de maio de 2010

Os meus dias














Não quero os dias vazios,
quero dias cheios de gente,
repletos de choro e risos.
Quero que os dias sejam meus
Quero que sejam nossos.

Quero viver,
quero os riscos da vida
que viver é arriscar sentir
a dor, a alegria, as ânsias
o amor e também o ódio
a tristeza e a felicidade
Tudo o que seja contraditório.

Não quero dias vazios
Quero dias preenchidos de vida
Cheios de tudo e coisa nenhuma
Não quero dias banais
Quero tudo e muito mais.
Quero viver!
Não apenas passar pela vida
De rompante ou de fugida!

Só tu me conheces assim



Acordei com uma vontade louca
de devorar o teu nome,
sentir o teu abraço, o teu beijo…
Mas hoje vejo…
o teu passo apressado a fugir de mim,
a angustia amarga da distância.
Se devorasse o teu nome feito chuva,
o sabor inesquecível do teu beijo
o aroma doce da tua pele,
talvez pudesse
repousar a vida em tuas mãos
mais uma vez.

Hoje acordei com uma falsa alegria,
uma vontade de correr na tua direcção,
ou de ser o teu horizonte
e ver-te caminhar para mim,
com a coragem que se perdeu
com a vontade que ainda existe
com o querer que quase nos mata.

Acordei e apeteceu-me adormecer,
nos teus braços...,
fazer deste instante a vida inteira,
sabendo que sempre serei tua,
de uma forma insana e doentia,
que apenas tu compreendes,
que apenas tu conheces,
que apenas tu sentes...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Escuta....















Escuta a musicalidade terna do teu sorriso.
Sente o teu olhar em mim
aquele onde eu tantas vezes perdi o pé,
onde me afoguei.
Se pudesses escutar a mágica melodia
contida no timbre suave da tua voz ao meu ouvido,
se pudesses sentir a sua magia,
num toque suave
que me penetra a alma
e alcança, de uma só vez,
todas as coisas,
até mesmo a que ninguém vê.

Sente o doce sabor dos teus lábios,
a intensidade inexplicável
da imensidão do teu abraço.
Se pudesses saber destas pequenas coisas
que me enchem a vida de vida
que me elevam para lá dos outros seres
Ai se pudesses saber de ti tudo o que eu sei…

Deixem-me acerditar...
















Estou na tua pele
com a intensidade louca
de uma paixão que não cessa,
de um amor que transcende o tempo
e se emancipa, se perde
na imensidão do teu ser.

Sou quase tua…
quando nunca o deixei de ser.
O meu pensamento pertence-te
O meu coração ainda é teu
e tu serás sempre meu,
por uma única e só razão:
Eu acredito!

E deixem-me acreditar
que tu és eterno
és divino e intocável…
que vivo no teu coração
como vives tu ,para sempre, no meu.
Deixem-me acreditar que não é sonho!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vem!














Vem, atraca o teu peito no meu
Finge que nunca partiste
E volta a este lugar que ainda é teu
Vem embalado pelas ondas de mais uma maré
Traz contigo a crença, o amor a fé… e vem.
Encosta o teu corpo no meu
Este corpo sedento de ti
Que ainda é teu, que te pertence
e sempre pertenceu.

Vem embarcar num sonho
Só nosso, só meu e teu
Vem que o tempo urge
e a espera desespera na demora
Vem, que nunca é tarde,
até mesmo quando parece
Vem, que os meus lábios anseiam os teus
Que ainda é o teu nome que evoco baixinho
Vem, eu sei, que ainda conheces o caminho…