domingo, 22 de março de 2009

Não saberia eu...


Apetecia-me vaguear pela noite.
Mergulhar na sua negritude
e perder-me nos olhos dos outros,
de desconhecidos que não soubessem de mim
o que tu sabes.

Há dias que acordar parece a mais árdua tarefa,
outros em que adormecer é um tormento.
Hoje o sono não chega,
rodopiam na minha cabeça em turbilhão
memórias de ti,
como demónios que me atormentam.

Não sabia que o silêncio podia ser
tão enormemente devastador.
O teu silêncio é como um grito que ecoa no meu peito,
dilacera a minha alma numa dor inimaginável.
Já as tuas palavras há muito me encantaram,
como um feitiço lançado pelos Deuses.
Hoje é a mudez que abrevia a esperança
e me mata lentamente de saudade.

Não saberia eu já
que me enlouquece não saber de ti.
Não saberia eu já
que os teus silêncios se prolongam
por tempos infinitos…
Que me roubas o sono e a paz
com a tua existência
Que me roubas a vida
com a distância.
Onde foi que me iludi?
Que luz é esta,
que ofusca o pensamento e a razão?
Que insano amor o meu!
Não saberia eu já,
sobreviver à madrugada,
quando o tempo urge, escasseia e finda?

1 comentário:

Anónimo disse...

LINDO, LINDO, LINDO, LINDO, LINDO, LINDO, LINDO, LINDOOOOOOO