Aquela caixa azul
onde guardo velhas memórias
de um tempo que nunca foi meu
cartas, papéis, a minha história
Aquela caixa azul
Tão cheia de nada
Que foi por tempo demais
minha única morada
Aquela caixa azul
Que abro hoje a medo
Que esconde um amor
Que vivi em segredo
Aquela caixa azul
Que me impediu de viver
Que me prende
E não me deixa esquecer
Aquela caixa azul
Que terei que enterrar
Quando um dia quem sabe
Deixar de te amar
Aquela caixa……
que me prende ao passado,
de um simbolismo visceral
constantemente revisitado
Com ela não sou ninguém
Sem ela eu não sou nada
Vou enterrar essa caixa
Numa qualquer enseada
Vou deixar morrer essa dor
Eu vou mudar de morada
Sair daquela caixa azul
Onde vivo ancorada.
(sem data.... não me lembro quando)
(porque nem sempre a morte nos liberta....)
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