sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Valsa de um Homem carente

Valsa dum Homem Carente
(Carlos Tê / Jorge Palma)

Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo

Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor

É a dança mais pungente
mão atrás outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente


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