sexta-feira, 8 de maio de 2009

É como brincar com o fogo


É como brincar com o fogo
Que arde lentamente,
consumindo o restolho
numa tarde de verão.

Desculpa se parti sem dizer nada
Aquela que aí esteve não era eu.
Se era, não me reconheço
Soube-me pela vida o teu beijo
Soube-me por uma eternidade
o teu toque, o teu desejo.
Faz tempo que ninguém me desejava assim

Mas não quero brincar com o fogo que queima
Que arde e inflama o mais resistente dos seres
Não queiras saber o que estou a sentir
Não queiras saber quem sou, não queiras me conhecer
Não perguntes para que não me obrigues a mentir.

Deixa tudo ficar como está….
É bom demais assim
Não quero mudar nada
Se ficar arrisco querer voltar
uma e outra vez
Deixa-me sair no momento certo
E voltar para saciar a minha sede
Neste desejo que nos consome
Neste nosso deserto

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